A Semana Santa sevilhana
A Semana Santa sevilhana ultraspassou fronteiras e é uma das celebrações religiosas mais conhecidas a nível mundial, motivo pelo qual foi declarada de Interesse Turístico Internacional no ano de 1980.
As principais protagonistas desta festa são as irmandades e as confrarias. As irmandades são associações religiosas formadas por não religiosos e/ou clérigos, organizadas de modo orgânico e que têm como missão promover a Semana Santa e também outras obras de caridade. Algumas das confrarias estão formadas por pessoas que emulam o sofrimento de Jesus para purgar, assim, seus pecados.
São os famosos nazarenos, que marcham nas procissões com o rosto coberto e que caminham descalços, e por vezes golpeiam suas costas com tiras de couro ou carregam pesadas cruzes. Nas procissões, vão logo atrás da Cruz de Guia que abre a procissão.
Todas as confrarias devem passar pela Catedral, com exceção das que têm sua sede em Triana, as quais o fazem pela Igreja de Santa Ana. Nas últimas décadas, o número de confrarias aumentou muito, calculando-se que já existem mais de sessenta.
Além dos confrades, existem também os Passos. Trata-se de imagens religiosas que representam diferentes cenas evangélicas e que estão situadas sobre uma espécie de plataforma que vai decorada com todo tipo de tecidos, rendas, jóias e flores.
Esta plataforma é carregada pelos chamados costaleros, os quais se situam debaixo de uma aba para que não sejam vistos e seguem as ordens de um mestre. Os costaleros são devotos que realizam este trabalho de maneira voluntária.
Outro dos pontos fortes das procissões da Semana Santa é a música, interpretada por bandas que acompanham as confrarias e que interpretam todo tipo de música religiosa. Muitas vezes, a procissão se detém para que algum fiel (muitas vezes famosas figuras flamencas) interprete uma saeta.
Dado o grande número de procissões da Semana Santa que se realizam na cidade, especialmente entre a Quinta-feira Santa e o Domingo da Ressurreição, se você decidir visitar Sevilha nestas datas, o mais recomendável é fazê-lo com alguns dos guias que se editam a cada ano e nos quais figuram os percursos de cada irmandade.
Você não pode perder:
A Confraria de Borriquita
Parte no Domingo de Ramos e faz referência à entrada de Jesus em Jerusalém em lombo de burro. Destaca-se a grande quantidade de crianças que formam parte da mesma.
A Madrugá
Da noite de quinta a sexta-feira. Abre-se com a Irmandade do Silêncio, a mais antiga, e termina com a Irmandade Gitanos, a mais moderna.
A Irmandade da Ressurreição
Sai em procissão no Domingo de Ressurreição e põe fim à celebração da Semana Santa.